Estatuto da Cidade e a regularização fundiária de terras tradicionalmente ocupadas

Autores

  • Karen Daniele de Araújo Pimentel Universidade Federal de Alagoas – UFAL (Maceió, Alagoas, Brasil)
  • Letícia Veloso Martinel Universidade Federal de Alagoas – UFAL (Maceió, Alagoas, Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.55663/rbdu.v2i3.517

Palavras-chave:

estatuto da cidade, territórios tradicionais, regularização fundiária

Resumo

Propõe uma análise dos avanços apresentados pelo Estatuto da Cidade, através de seus princípios, instrumentos e elementos, para a ordem urbanística, compreendidos a partir da vulnerabilidade que assola as comunidades tradicionais alocadas no meio urbano. Para tal, aprecia-se a natureza das tensões que ameaçam esses grupos, o alcance do Estatuto em face desses sujeitos e a existência de outros dispositivos com essa proposta. Pretende-se, assim, compreender algumas limitações do Estatuto e ressaltar a preeminência de dispositivos normativos e políticas urbanas efetivarem sua perpetuação social.

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Biografia do Autor

Karen Daniele de Araújo Pimentel, Universidade Federal de Alagoas – UFAL (Maceió, Alagoas, Brasil)

Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Membro do Núcleo de Estudos em Direito Internacional e Meio Ambiente – NEDIMA. http://lattes.cnpq.br/3709735848260426

Letícia Veloso Martinel, Universidade Federal de Alagoas – UFAL (Maceió, Alagoas, Brasil)

Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Membro do Núcleo de Estudos em Direito Internacional e Meio Ambiente – NEDIMA

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Publicado

15.12.2016

Como Citar

PIMENTEL, K. D. de A. .; MARTINEL, L. V. . Estatuto da Cidade e a regularização fundiária de terras tradicionalmente ocupadas. Revista Brasileira de Direito Urbanístico | RBDU, Belo Horizonte: Fórum, v. 2, n. 3, p. 153–171, 2016. DOI: 10.55663/rbdu.v2i3.517. Disponível em: http://biblioteca.ibdu.org.br/index.php/direitourbanistico/article/view/517. Acesso em: 10 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos/Article/Artículo