Análise do Plano Diretor de Teresina frente ao desafio de uma urbanização desigual

Autores

  • Anna Karina Borges de Alencar Universidade Federal do Piauí - UFPI (Teresina, Piau-i, Brasil)
  • Viviane Barros Amorim Costa Universidade Federal do Piauí - UFPI (Teresina, Piau-i, Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.55663/RBDU.v08.i15-ART05%20

Palavras-chave:

plano de ordenamento territorial de Teresina, plano diretor, Estatuto da Cidade, instrumentos da política urbana, urbanização desigual

Resumo

Resumo: O Estatuto da Cidade, que regulamenta o capítulo da política urbana da Constituição brasilei-ra, apresenta os instrumentos a serem empregados por planejadores e gestores no enfrentamento àsproblemáticas, como especulação imobiliária, ocupação de áreas ambientalmente frágeis, precarieda-de em assentos informais, sobrecarga do sistema viário, entre outras. O Estatuto, além de apresentartais instrumentos, delega aos municípios a responsabilidade de inseri-los em seus planos diretores,de modo a regulamentar as questões urbanas próprias de cada território. Nesse sentido, faz-se misteravaliar o atual Plano Diretor de Ordenamento Territorial de Teresina (PDOT), aprovado em dezembro de2019, a fim de analisar se este atende aos requisitos estabelecidos no Estatuto da Cidade diante dosdesafios decorrentes do processo de urbanização desigual da capital piauiense. Para tal, foram utiliza-das como técnicas investigativas pesquisa bibliográfica e documental, análise de conteúdo do PlanoDiretor de Teresina e pesquisas de campo para averiguar a realidade local e os principais problemasvivenciados historicamente pelo município. A análise revela que, apesar dos instrumentos estabeleci-dos pelo Estatuto estarem citados no PDOT, estes ainda se encontram distantes de serem colocadosem prática, pois as estratégias estabelecidas no plano diretor, insuficientes diante do passivo socioes-pacial excludente, não refletem a complexidade da realidade local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anna Karina Borges de Alencar, Universidade Federal do Piauí - UFPI (Teresina, Piau-i, Brasil)

Arquiteta e Urbanista. Pós-Doc em Planejamento e Gestão Urbana e Regional. ProfessoraDra. Adjunta no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPI. Líder do grupo de pesquisa Laboratório Espaços Urbanos (LEU/UFPI). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3408-0008.

Viviane Barros Amorim Costa, Universidade Federal do Piauí - UFPI (Teresina, Piau-i, Brasil)

Arquiteta e Urbanista formada pela UFPI. Pesquisadora do Laboratório Espaços Urbanos (LEU/UFPI)

Referências

ALENCAR, Anna Karina Bordes de. (2012) Novas formas de acesso à moradia: estratégias dos movimentos de luta por moradia para a Produção Social do Habitat. Dissertação de mestrado / MDU / UFPE.

_____. et al. (2020) COVID-19 em Teresina-PI: Aspectos socioespaciais x medidas de enfrentamento das fragilidades. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, [S.l.], v. 16, n. 4, dez. 2020. ISSN 1809-239X. Disponível em: <https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/5982>. Acesso em: 29 mar. 2021.

ARRAIS, E.A; ANDRADE, A.V.A; MELO, A.C.C. (2018) O Planejamento Urbano De Teresina: Do Plano Saraiva À Agenda 2030. XXXIX International Sodebras Congress. Volume 13, nº 152. Disponível em: http://www.sodebras.com.br/edicoes/N152.pdf Acesso em: 12 de junho de 2021.

BRASIL (2001). Lei 10.257 de 10 de julho de 2001: Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional.

_____. (2004) MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Diretor Participativo, guia para a elaboração pelo município e cidadãos. Brasília: Ministério das Cidades / CONFEA.

_____. Código Florestal (2012) - Lei Federal n° 12.651/2012 como Áreas de Preservação Permanente - APP o que restringe a sua ocupação.

BRAZ E SILVA, Ângela Martins Napoleão. (2011) Entre rios: a modernização e o crescimento da cidade de Teresina (1889- 1940). 2011. 403 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Federal da Bahia, Salvador.

CARTY, Carolina Gabriel. (2014) Dos Movimentos Sociais ao Estatuto da Cidade: breve histórico do processo de fomentação de uma nova concepção de planejamento urbano no Brasil. III Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.anparq.org.br/dvd-enanparq-3/htm/Artigos/SC/ORAL/SC-HDC-007_CARTY_COSTA.pdf. Acesso em 02 mar. 2021.

CDFS - Centro de Defesa Ferreira de Sousa (2019) Carta à profa. Raquel Rolnik LabCidade/USP

IBGE, 2010. Censo Demográfico, 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/resultados.html. Acesso em: 10 set. 2020.

_____. 2015. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em 02 mar. 2021.

_____. 2018. SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS: uma análise das condições de vida da população brasileira, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: 151 p. ISSN 1516-3296 versão online. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101629.pdf Acesso em: 11 mar. 2021.

LIMA, A. J. (2010) Favela Cohebe: Uma história de Luta por habitação Popular. 2. ed. Teresina: EDUFPI; Recife: Bagaço.

ONU HABITAT. (2016) Nova Agenda Urbana. Quito. Disponível em: http://uploads.habitat3.org/hb3/NUA-Portuguese-Brazil.pdf. Acesso em 02 mar. 2021.

SECCHI, Bernardo. A cidade dos ricos e a cidade dos pobres. Belo Horizonte: Editora Âyiné, 2019.

SOUZA, Marcelo Lopes. (2003) Mudar a Cidade – Uma Introdução Crítica ao Planejamento e à Gestão Urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

SCHIFFER, Sueli Ramos (org.) (1999) O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: EdUSP,.

TERESINA, Prefeitura Municipal (2006) Lei Complementar Nº 3.562, de 20 de outubro de 2006. Define as diretrizes para a ocupação do solo urbano e dá outras providências. Disponível em: http://antigopgm.teresina.pi.gov.br/admin/upload/documentos/81a6a2f8d3.pdf. Acesso em: 22 dez. 2020.

______. (2012) Plano Local de Habitação de Interesse Social: Produto 3, Estratégias de Ação. SEMPLAN. COSPLAN: Teresina, 2012.

______. (2015) Agenda 2015. Disponível em: https://semplan.teresina.pi.gov.br/agenda-2015/. Acesso em: 29 agosto. 2020.

______. (2015). A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Plataforma. Disponível em: http://www.agenda2030.org.br/sobre/#:~:text=A%20Agenda%202030%20%C3%A9%20um,dentro%20dos%20limites%20do%20planeta Acesso em: 4 out. 2020.

______. (2017) Revisão e Atualização do Plano Diretor do Município de Teresina. Produto 01: Plano de Trabalho. Rio Grande do Sul; Produto 02: Leitura Técnica; Produto 03: Leitura Comunitária; Produto 04: Leitura da Realidade Municipal.

______. (2019a) Lei complementar nº 5.481, de 20 de dezembro de 2019. Dispõe sobre o Plano Diretor de Teresina, denominado “Plano Diretor de Ordenamento Territorial de Teresina”.

______. (2019b) Cartilha Ilustrada do Plano Diretor de Teresina. SEMPLAN. Teresina, 2019.

VILLAÇA, Flávio. (1999). O Processo de Urbanização no Brasil / Csaba Deák, Sueli Ramos Schiffer (organizadores) -São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

Downloads

Publicado

15.12.2022

Como Citar

ALENCAR, A. K. B. de; COSTA, V. B. A. Análise do Plano Diretor de Teresina frente ao desafio de uma urbanização desigual. Revista Brasileira de Direito Urbanístico | RBDU, Belo Horizonte: Fórum, v. 8, n. 15, p. 87–111, 2022. DOI: 10.55663/RBDU.v08.i15-ART05 . Disponível em: http://biblioteca.ibdu.org.br/index.php/direitourbanistico/article/view/758. Acesso em: 12 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos/Article/Artículo